Buscar


Nelson Moleiro
- 3 de ago. de 2020
- 2 min
La Vizcaína El Rapolao (Lomas de Valtuille) 2015
Existem vinhos pelos quais adquiri um gosto tremendo, que solidificaram as minhas escolhas no que vou bebendo, são exemplos alguns projectos pessoais e também de consultoria de Raul Pérez no Norte de Espanha, sub-região de Bierzo. Sobretudo os vinhos tintos feitos maioritariamente da casta Mencía (Jaen em Portugal) de vinhas velhas, algumas centenárias, uva perfeitamente adaptada ao terroir local, e onde se expressa em plenitude. O que os espanhóis conseguiram fazer melhor qu


Nelson Moleiro
- 14 de jul. de 2020
- 2 min
Destinos Cruzados As Regadas 2015
Tempos de calor, a época veraneante, pede-nos vinhos que consigam superar o desafio de termómetros a fazerem tilt nos 30-40 graus Celsius. Neste sentido de raciocínio, os tintos são um tipo de vinho com menos procura nestes meses, contudo existem algumas e boas excepções. Vinhos tintos de regiões que confiram acidez, mineralidade, salinidade, aliados a uma filosofia de extracção e concentração moderada, e servidos à temperatura certa, são sempre grandes opções. Eu procuro sem


Nelson Moleiro
- 3 de jul. de 2020
- 2 min
La Vizcaína La Poulosa (Lomas de Valtuille) 2014
Um vinho que emana frescura no nariz, excelentes apontamentos de fruta vermelha fresca, aberto, sedutor. Na boca bastante sedoso, tanino muito macio e fino, elegante, grande volume e comprimento, com fruta limpa envolvida com algumas notas vegetais. Revela uma afinação tremenda, alguns anos de garrafa fizeram maravilhas, equilíbrio, fluidez, assente em boa mineralidade que lhe confere secura. Daqueles vinhos que se bebem sem parar, que nos metem a pensar, que nos maravilham,


Nelson Moleiro
- 28 de abr. de 2020
- 1 min
Alfrocheiro em Talha de Argilla 2017
O Alfrocheiro é uma casta que confere cor vigorosa aos vinhos, os reflexos em tons violetas que evidencia assemelham-se à Touriga Nacional. Gosto muito do comportamento desta uva a solo e não só em vinhos de lote, sobretudo na sua região de eleição, o Dão, com vinhos com fruta limpa e pura, sensações de frutos silvestres maduros, sempre com boa acidez e equilíbrio e alguma rusticidade. Vinho de lavrador, autenticidade. A razão que me fez provar este vinho? A curiosidade. Um A


Nelson Moleiro
- 27 de abr. de 2020
- 1 min
Ponce Pino 2016
Os vinhos das Bodegas Ponce, pelas mãos de Juan Antonio Ponce na região de Manchuela, são dos meus alvos constantes do outro lado do muro da Península Ibérica. Por diversas ocasiões falei aqui deste produtor, hoje é dia de falar da sua relíquia vínica no que toca a tintos, Pino, na colheita de 2016. É um vinho com grande presença de tanino, mas muito fino, que acaba por lhe dar um certo recorte elegante, sensação vegetal e adstringência nobre, articulando rusticidade a modern


Nelson Moleiro
- 6 de mar. de 2020
- 2 min
Suertes del Marqués Cruz Santa 2016
Vinhos insulares e vulcânicos, vinhos que bebo com regularidade, que me agradam, que têm vindo a ganhar qualidade sucessivamente, mas que ouvindo opiniões de outros enófilos, são vinhos com características que não agradam a todos. Eu sinceramente gosto bastante, especialmente os brancos, mas gosto de alguns tintos, já que revelam estilos pouco concentrados e de baixo teor alcoólico. As Bodegas Suertes del Marqués, a par do projecto Envínate, são as duas grandes referências no


Nelson Moleiro
- 14 de fev. de 2020
- 2 min
Tirado a Ferros Tinto 2015
Pedro Pimentel é um nome falado ávida e progressivamente no círculo vínico nacional, sobretudo após o surgimento do projecto pessoal com produção de vinhos de marca própria. Em 2015 decidiu embarcar de forma definitiva e séria nesta aventura, fazer vinhos com a assinatura Pedro Pimentel Pereira, juntando um pouco de sal e pimenta à sua actividade de enólogo consultor em alguns produtores. A sua herança familiar permitiu-lhe crescer num ambiente rodeado de pipas, vinhos de índ


Nelson Moleiro
- 28 de jan. de 2020
- 2 min
Humus Touriga Nacional 2010
Os últimos tempos tem sido frutíferos em batalhas na comunidade vínica. Sobretudo em duelos épicos entre os defensores de vinhos ditos "convencionais" e os do outro lado da trincheira, os amantes de vinhos "naturais". Artigos de opinião, respostas e contra-respostas, em papel, no meio digital, tem sido uma ramboia. Para mim é bem claro, existe bom e mau vinho em ambos os universos vínicos, de forma clara, objectiva e pragmática. Para chegar a esse esclarecimento, nada melhor


Nelson Moleiro
- 8 de jan. de 2020
- 2 min
Ultreia Saint Jacques 2017
Ultreia, Bierzo, Raúl Perez, and here we go...! Este será sem dúvida alguma o best buy da região de Bierzo, uma forma bonita e apeladora de iniciar o périplo pelos vinhos do mago Raúl Perez. Muitos são os vinhos deste enólogo/produtor a passarem debaixo dos holofotes deste jornaleco digital, a par das minhas redes sociais, variadas referências, vinhos de pueblo, de parcela, uns mais em conta e outros mais caros e exclusivos. Quando abria este vinho no fim-de-semana passado, d


Nelson Moleiro
- 6 de jan. de 2020
- 2 min
Bons Ares Tinto 1996
Uma incógnita, um vinho com mais de vinte anos, com guarda e historial desconhecido, mas um nome que conheço de bons brancos apresentados em colheitas mais recentes. Vinho pertencente à casa Ramos Pinto, famosa pelos vinhos do Porto, mas também por alguns vinhos de mesa do Douro. Da minha ainda curta experiência no mundo dos vinhos, a gama Bons Ares distingue-se pela frescura dos vinhos apresentados, aportam mineralidade e acidez bem interessantes, vinhas de altitude no Douro


Nelson Moleiro
- 27 de dez. de 2019
- 2 min
Casa da Passarella O Oénologo Vinhas Velhas 2011
Falar da Casa da Passarella torna-se tarefa repetitiva, casa com história no Dão e um produtor que renasceu das cinzas, tem vindo a ganhar reconhecimento sucessivo pelos vinhos produzidos na última década. Do portefólio de vinhos existente, a gama Oénologo, Vinhas Velhas tinto e Encruzado, oferece aos meus olhos a melhor relação preço-qualidade. Isto gere sempre discórdia e debate de dentes cerrados entre enófilos, mas sou eu a dizê-lo, reflecte a minha opinião pessoal sobre


Nelson Moleiro
- 9 de dez. de 2019
- 2 min
Verónica Ortega ROC 2015
Verónica Ortega é um dos nomes emergentes na nova geração de jovens enólogos/produtores em Espanha. Quando olhamos para o seu currículo, impressiona. Nascida em Cádiz, estagiou no Domaine de la Romanée Conti e Domaine du Compte Armand na Borgonha, trabalhou com Daphne Glorian e Álvaro Palacios em Priorat, e foi enóloga responsável, vigneron, no Domaine Laurent Combier, Crozes-Hermitage (Rhône). Mostrou gosto pela uva Mencía e pela região de Bierzo em particular, colaborou e a


Nelson Moleiro
- 22 de nov. de 2019
- 2 min
Niepoort Quinta de Baixo Poeirinho Baga 2015
11,5% volume de álcool, algo inimaginável para muitos num vinho tinto, ainda mais quando apresenta carisma, estrutura, rusticidade, aliado a uma elegância e subtileza que o permite ser apreciado na plenitude dos seus 75 cl., uma garrafa inteira, não num mero copo. A baga clássica é genuína, única, precisa de muitas primaveras para aprimorar, altos e baixos no perfil evolutivo, que permitem aos apaixonados verdadeiros prazeres de degustação aos 10, 20, 30 anos de garrafa. Mas


Nelson Moleiro
- 15 de nov. de 2019
- 2 min
Soalheiro Oppaco Tinto 2014
Quem conhece e vai bebendo certos e determinados alvarinhos de nicho, por cá ou lá pelo país vizinho na Galiza, facilmente entenderá o valor e potencial de envelhecimento que esta casta rainha transmite aos vinhos a solo. Adicionar uma percentagem desta uva a um tinto poderá ser para alguns uma aventura com alguma dose de insanidade ou no mínimo arriscada. Acontece que, em certos casos, tem toda a lógica, na Galiza é prática comum a adição de uvas brancas em baixa quantidade


Nelson Moleiro
- 31 de out. de 2019
- 2 min
CAV Tinto 2008
Meus caros, gostei muito, mas mesmo muito de beber este CAV 2008 da Casa Américo. Não porque tivesse sido dos vinhos grandiosos que nos deixam marcas indissociáveis, mas sim porque o bebi completamente descomprimido, sem pensar nele como produto a escrutinar. Enquanto o bebericava a garrafa foi vazando a olhos vistos, o que me fez relembrar que é isto que realmente importa, o prazer de apreciar uma boa garrafa de vinho à mesa, sem estarmos sempre com tiques de connoisseur, de


Nelson Moleiro
- 24 de out. de 2019
- 2 min
Daterra Viticultores Azos da Paraxe Alicante Bouschet 2017
Laura Lorenzo é sem sombra de dúvidas uma das rock stars do momento na Galiza e no panorama vínico ibérico em geral. O trabalho de viticultura biodinâmica na Ribeira Sacra tem oferecido vinhos cada vez mais afinados e precisos, colheita após colheita, e com um alargamento de portefólio. As vinhas, oriundas da periferia de Manzaneda, no Val de Bibei, na mão da Daterra Viticultores, estão a expressar todo o potencial deste terroir para tintos frescos, leves, salinos e minerais,


Nelson Moleiro
- 17 de out. de 2019
- 2 min
Ponce P.F (Pie Franco) 2016
Juan Antonio Ponce é a meu ver um dos produtores espanhóis mais inovadores, vibrantes e consistentes no que respeita a vinhos tintos, destacando-se na região de Manchuela, onde implementou nas suas próprias vinhas os ideais de viticultura biodinâmica. Qualidade na matéria-prima aliada a um perfil de vinho pouco extraído e graduado. Aos que não conhecem, Bobal é uma uva tinta muito plantada em Espanha, menosprezada por muitos anos, usava-se fundamentalmente em vinhos de lote.


Nelson Moleiro
- 13 de out. de 2019
- 2 min
La Vizcaína "La Vitoriana" Lomas de Valtuille 2016
As vinhas do projecto La Vizcaína são oriundas das periferias de Valtuille de Abajo, terra natal de Raúl Pérez. São vinhas velhas, algumas centenárias, onde uma parcela com cerca de um hectare (casta Mencía), e com exposição a Norte, é destinada para produzir o La Vitoriana. Aqui crescem uvas com complexidade e estrutura únicas. Nariz emana fruto vermelho maduro limpo, de enormíssima qualidade, nariz frutado com expressividade, convida e apela ao beberico automático. Boca mui


Nelson Moleiro
- 8 de out. de 2019
- 1 min
Madre de Água Experimentum Syrah 2016
A uva Syrah não faz parte da espinha dorsal do Dão, nem nunca o deverá fazer, assim esperamos. O Dão autêntico e distinto está indexado às castas tradicionais autóctones. Contudo a meu ver, um terroir serrano em altitude, parece-me o local mais racional para uma experiência pontual com esta casta em Portugal. Já bebi várias referências da Quinta Madre de Água, fundamentalmente brancos, é a primeiríssima vez que bebo o monocasta Syrah, aqui na colheita de 2016. Este vinho, a p


Nelson Moleiro
- 19 de set. de 2019
- 1 min
Benje Tinto 2017
Vinho sem qualquer tipo de pudor e timidez em relação ao que pretende ser e oferecer. Vinho leve, fresco, pouco extraído de cor e com baixo teor alcoólico, de escorrer pela goela abaixo. O terroir vulcânico é indissociável, mais no nariz não tanto em boca, com menor percepção, na minha opinião, que o seu irmão Táganan. Muito directo, preciso, salino, fluido e guloso, apaixonante, assemelha-se em corpo aqui e ali com alguns Pinot Noir do Velho Continente, contudo pode não ter