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  • Foto do escritorNelson Moleiro

C'est ca que c'est bon! Éder isto que merecíamos...Campeões!!!


Selecção Nacional vinho

Tinha este texto post a meio gás para saltar para o blog, mas a nossa Selecção trocou-me as voltas. Só tenho a dizer....Campeões carago!!!! Parabéns a Portugal, parabéns a todos nós! Elevado por todos estes sentimentos patriotas, venho hoje falar de uma das minhas actividades predilectas, num mesclado vínico e futebolístico.

Falo então de passear, ir visitar as nossas quintas, descobrir novos vinhos, educar-me e aprender com quem me consegue explicar pormenores que me escapam no dia-à-dia. No passado mês de Junho, coincidindo com o início do Europeu, numa das minhas idas ao Norte do País, decidi visitar uma quinta há muito na minha checklist, a Quinta da Pacheca. Situa-se bem perto da Régua, na margem oposta ao Peso da Régua. É uma das mais conhecidas e prestigiadas propriedades do Douro, tendo sido das primeiras a engarrafar vinhos com marca própria. O nome "da Pacheca", advém da proprietária original, Dona Mariana Pacheco Pereira, sendo hoje uma empresa de cariz familiar pertencente à família Serpa Pimentel. A Quinta, além da componente vinícola , desenvolveu-se na área do enoturismo, hotelaria, restauração e eventos. A minha visita de oportunidade, sendo a um sábado, coincidiu com um desses eventos, um casamento daqueles triqui-triquis! Contudo, ainda assim, foi-me autorizado conhecer a Quinta, o espaço das suas vinhas e a prova do seu "mel". Vale bem a pena conhecer. Para além da excelência dos seus vinhos é uma verdadeira Quinta de charme.

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Vale do Douro

Vale do Douro

Passada esta parte introdutória, dita secante, vamos ao que interessa! O que foste tu buer Nelsu???

Já conheço alguns vinhos tintos de mesa da Pacheca, sendo o tinto jovem, e principalmente o Pacheca Superior, opções constantes na minha mesa. A prova consistia em degustar dois vinhos de mesa, e dois vinhos generosos, dois Portos. Transmiti o meu conhecimento pessoal acerca dos vinhos da Pacheca, e perante isso, deram a molhar ao bico do charal algumas novidades! Assim convocaram para o jogo os seguintes vinhos: Pacheca Branco Colheita 2015, Pacheca Grande Reserva Tinto Touriga Nacional 2011, Pacheca Reserve Port, e Pacheca Tawny Port 40 anos. A prova segue a sua sequência lógica, desde os vinhos mais suaves e "fáceis", para os mais complexos, estruturados e maduros.

Quinta da Pacheca Prova de Vinhos

Quinta da Pacheca Prova de Vinhos

Quinta da Pacheca Prova de Vinhos

1 - Pacheca Colheita Branco 2015

Começamos com o Renato Sanches da Pacheca. É preciso trazer a frescura e pujança da juventude. Carrega Pachecaaaaaaaaa(ooooooooo)! Aqui não há muito a dizer. É um vinho de aroma fresco e jovial, de notas a citrinos e fruta tropical, e que no paladar evidência toda essa componente frutada. Um vinho que agradará a todos neste tempo de Verão. De notar que, a pequena percentagem de uva Moscatel, transmite uma leve doçura a contrabalançar com a acidez presente nos brancos. E foi mesmo isso que precisámos no arranque deste Euro, o puto Sanches a trazer mel ao que parecia estar bem ácido!

2 - Pacheca Grande Reserva Tinto Touriga Nacional 2011

Aqui passei para a defesa, com critério e classe. Temos um Pepe! Daqueles vinhos vigorosos, indisciplinados, que nos trouxeram desagradáveis surpresas no passado, mas que nas mãos de um bom enólogo, abriram os nossos olhos para uma perspectiva totalmente diferente, a segunda oportunidade num vinho.

Aqui, desfrutei da complexidade de um primoroso Touriga Nacional monocasta, com selecção criteriosa de uvas, produzido em lagares de pisa a pés, e com estágio de 14 meses em barricas de carvalho Francês novo. Este estágio, permitiu o desenvolvimento de sabores complexos da Touriga com a madeira, e, apesar do sabor mais "rude" e elaborado de qualquer Touriga Nacional, no paladar mostrou-se um vinho de personalidade forte e vigorosa, com frutos vermelhos maduros e taninos marcantes, de final longo e persistente, mas que na globalidade surpreendeu pela elegância e leveza.

Quinta da Pacheca Vinho Branco 2015 Touriga Nacional Reserva 2011

3 - Pacheca Reserv Port, a terceira prova!

Aqui já entramos nos Portos, uma bebida mais para o Inglês do que para o Francês, ainda mais agora que a azia está em alta por aquelas bandas. O Cognac está a secar a garganta dos avecs! Este vinho equiparo-o ao nosso botas, Rui Patrício. Como qualquer Porto Reserva ou Vintage de prestígio, ganha carisma e reconhecimento com o envelhecimento. Como várias colheitas jovens e aleatórias não fazem equipa sólida, o Pacheca Porto Reserva é um vinho resultante de uma combinação de vários vinhos do Porto com idades entre 6 e 8 anos, a conferirem frescura e jovialidade, e vinhos mais envelhecidos em balsas com cerca de 10 anos, que lhe confere maturidade e sabor maduro a frutos secos. Não me perguntem qual a madeira a que me soube, mas pelo que vi nestes últimos 30 dias em França, foi do "Carvalho" que veio a "Fonte" de sabor. Grandes centrais de reserva, tudo o que um grande Porto de Reserva precisa! É um vinho que tem vindo a sofrer alterações à sua cor original (vermelho), devido ao seu envelhecimento em barricas de madeira. Excelente como aperitivo, ou no final de uma refeição, juntamente com queijos ou sobremesas que tenham chocolate negro ou frutos vermelhos.

Pacheca Reserve Port

4 - Pacheca Tawny Port 40 anos, a última prova, a coqueluche!

Não, ele ainda não tem 40 anos! Mas portou-se como tal. Em 2004 era um puto mimado, hoje portou-se como um senhor. Tem 32 anos, mas é como um Tawny de 40 anos, um verdadeiro timoneiro, um capitão, um porta bandeira de um País, de uma cultura, de um povo, com toda a maturidade e complexidade que um Tawny 40 anos deve ter. Falo de Ronaldo, Cristiano Ronaldo, o escanção desta selecção de campeões.

Os Tawny são também vinhos tintos, feitos das mesmas uvas que os Ruby, mas que envelhecem 2 a 3 anos em balseiros (Academia de Alcochete ahahah), passando depois para pipas de 550 litros ou menos, permitindo um contacto mais elevado do vinho com a madeira e daí com o ar. Respiram mais, oxidando e envelhecendo rapidamente, perdendo a cor inicial dos vinhos tintos, e ganhando tons âmbar e sabores maduros a nozes e amêndoas. Com a idade este Pacheca Tawny Port 40 anos, ganhou a tal complexidade aromática, enriquecendo os aromas a frutos secos, madeira, tostados, cafés, entre outros.

És tu Ronaldo, o nosso líder e expoente máximo. Vivam os nossos vinhos, viva Portugal porra!!!

Nós provamos os vinhos, mas nunca se esqueçam de quem toma conta da videira e trata bem das uvas. Obrigado Fernando Santos!

Portugal Campeão Europeu 2016

Portugal Campeão Europeu 2016

Portugal Campeão Europeu 2016

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