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  • Foto do escritorNelson Moleiro

Não, não sou crítico de vinhos!


Quando iniciei esta aventura, de escrever sobre vinhos e gins, de uma perspectiva pessoal e despretensiosa, o princípio era partilhar ideias e chamar à conversa pessoas com os mesmos gostos e interesses. Não pretendo ser crítico de vinhos, nem sequer tenho experiência ou formação para tal. Para isso, há muita imprensa escrita e especializada, e a internet está minada com esse tipo de informação. Um profissional do ramo tem formação específica em viticultura, enologia, vinho, provas, e marketing e comunicação. Eu, por enquanto, não detenho nada disso, apenas uma paixão, um gosto de dar a conhecer ao consumidor comum, como eu, vinhos ou gins menos conhecidos, que vou experimentando e gostando, tentando orientar na melhor compra e experiência degustativa. Para marcas já bem implementadas, o interesse nos seus vinhos revela-se menor aos meus olhos, porque já estão muito difundidos, e são do conhecimento geral, dinamizados e alavancados pelas máquinas empresariais. Gosto sim, de experimentar vinhos de produtores pouco conhecidos, menos usuais, e por vezes desconhecidos, ir também ao terreno, e comprar em locais com oferta distinta e alternativa do dito mercado normal. Encontramos verdadeiras pérolas escondidas.

Vejamos então

Um crítico profissional prova milhares de vinhos ao final do ano, segue tendências e actualiza-se, orienta o consumidor nas novidades e tendências de mercado. Tem conhecimentos de prova que um artista curioso como eu não tem, mas pergunto a mim próprio, e pergunto a todos vocês: Não será um bom vinho aquele que te sabe bem? Que te proporciona uma agradável experiência? Que pode nem ser, e quase garantidamente não será, o mesmo tipo de vinho que eu gosto, já que detemos de experiências e vivências sociais tão diversas e diferentes?! Eu leio as críticas, tiro notas, aceito algumas sugestões e recomendações, e vou provando, provando, provando, provando muito! E é isso que é fundamental fazermos, provar muito e provar muitos. Só assim afinamos o nosso gosto, e actualizamos a base de dados cerebral do ponto vista sensorial, passando a seleccionar e identificar os vinhos que mais gostamos, e os que gostamos menos.

Já provei vinhos premiados ou com excelentes cotações de críticos especializados que adorei, outros, já nem tanto. E é normalíssimo, pois no final, o gosto é sempre uma opinião pessoal. Contudo, uma dica em jeito de conselho, nunca descurar algo que penso ser importantíssimo, a segunda oportunidade que deveremos dar ao vinho, uma vez que, beber e experimentar vinhos está associado a momentos. Por vezes, por diversas razões, não estamos na melhor disposição e pouco abertos a beber aquele vinho. Noutras situações, o mesmo vinho espanta-nos, quer seja pela companhia, pela comida, ou então porque naquele dia estamos mais descontraídos, com a mente aberta e verdadeiramente focados no vinho que bebemos. Somos um País tão pequeno, mas tão rico em qualidade e diversidade de vinhos. Diz-me e mostra-me o que gostas, que eu te direi o que gosto. Como já li por aí, um bom amigo sabe quando oferecer um copo de vinho e conversar, já um grande amigo, sabe quando calar-se e entregar a garrafa toda. Ahah!

#vinho #crítico #provavinhos

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