Nelson Moleiro
Anselmo Mendes Contacto Alvarinho 2012

Já lá vai o tempo em que para o vinho verde era um vinho de "recurso", uma opção relativamente barata na altura de escolher um vinho simples e feito para ser bebido jovem, normalmente em épocas quentes e associado a mariscadas e ambientes balneares. Esta era a minha visão perante o vinho verde, tempos de um verdadeiro maçarico em que nem sequer sonhava que o vinho seria um dos meus principiais hobbies e paixão!
Hoje tenho isto bem presente: Vinho verde de qualidade e ligeiramente envelhecido, opção válida e de excelência. E quando falamos de excelência no vinho verde, o nome Anselmo Mendes surge à cabeça, é graças a pessoas como ele que a região tem ganho reconhecimento em termos de qualidade e dinâmica, a visibilidade já lá estava, colocando o Alvarinho lá bem no topo em termos qualitativos, a que progressivamente se vão juntando uvas como Loureiro, Avesso ou Azal, cada vez mais a ganharem expressão e destaque.
Anselmo Mendes Contacto Alvarinho 2012

E o que me seduz e agrada especialmente neste Alvarinho? Em primeiro lugar é um excelente vinho para ser bebido de imediato, mas alguns anos em garrafa trouxeram uma complexidade e alteração no aroma e sabor do Alvarinho, ficando um vinho ainda mais tranquilo, mantendo acidez quanto baste mas a ganhar valor no seu carácter vegetal, amargura, e menos "tropicalidade" inerente à endogenia do Alvarinho no terroir dos Vinhos Verdes, neste caso preciso, a sub-região de Monção e Melgaço.
A minha recomendação pessoal é guardar por 6 a 10 anos de caras. Neste caso abrimos uma garrafa da colheita de 2012 e durará mais uns anos em garrafa. Para acompanhar escolhi uma harmonização clássica, um belo arroz de peixe. O mais belo e apaixonante nisto tudo é saber que tenho um par de garrafas Magnum da colheita de 2014 para confirmar esta teoria daqui a uns anos!




Cheers!
Castas: Alvarinho
Região: Monção e Melgaço
Teor Alcoólico: 13% Vol
PVP: +/- 10€