Nelson Moleiro
E o Rosé deste Verão é...Quinta de Saes Rosé 2017

Pois é, um Verão finito, um Outono veraneante, e um clássico todos os anos, falar de rosés bebidos nesta época. Bebi alguns, menos que em outros anos, andei mais numa de brancos, um périplo nacional e mundial infindável. Bebi poucos rosés, mas com critério e assertividade. Desde um Muxagat 2014 perdido pela garrafeira (e em excelente forma), um Quinta do Cardo Caladoc Reserva 2015 (distinto e autêntico), a um Rose et Or Château Minuty 2017, um Provence que me encantou recentemente nas minhas férias na Ilha da Córsega. Por lá experimentei vários rosés, alguns interessantes mas nada que deslumbrasse, muito foco na fruta, e apesar de alguma salinidade e mineralidade, não caíram no meu gosto pessoal, para além de que os melhorzitos atingem preços não muito convidativos. Esta conversa toda para chegar ao ponto fulcral, o meu rosé do Verão de 2018 foi sem margem de dúvidas o Quinta de Saes Rosé 2017.
O injusto aqui é atribuir-lhe a conotação de "Rosé de Verão". Este vinho é rosé de ano inteiro, 365 dias, temos fruta limpa aliada a todas as valências que um vinho deve apresentar, sem se focar e extrapolar o lado frutado ao exagero, o problema da maioria dos rosés. Temos delicadeza, elegância, secura, mineralidade, estrutura e profundidade em boca. Temos um rosé que apaixona e que nos convida a beber sem parar. Bebi com carne, com peixe e a solo, sempre me agradou e diria mais, surpreendeu. A última vez que voltei a ele, foi a par com uma caldeirada caseira e engrandeceu o repasto, tornou-o memorável.
Um blend de castas regionais, Alfrocheiro e Tinta Roriz, altamente gastronómico e pelo preço, imbatível. Cá por casa vou guardar umas garrafinhas, quanto a vocês fica o aviso. Pelos vistos existem outros lotes no mercado com diferentes castas, além do raríssimo Saes Rosé Baga/Pinot.
Quinta de Saes Rosé 2017
Castas: Alfrocheiro e Tinta Roriz
Região: Dão
Teor Alcoólico: 12,5% Vol
PVP: +/ 7€



