Nelson Moleiro
Benje Tinto 2017

Vinho sem qualquer tipo de pudor e timidez em relação ao que pretende ser e oferecer. Vinho leve, fresco, pouco extraído de cor e com baixo teor alcoólico, de escorrer pela goela abaixo. O terroir vulcânico é indissociável, mais no nariz não tanto em boca, com menor percepção, na minha opinião, que o seu irmão Táganan. Muito directo, preciso, salino, fluido e guloso, apaixonante, assemelha-se em corpo aqui e ali com alguns Pinot Noir do Velho Continente, contudo pode não ter a estrutura que estes apresentam para se aguentar alguns anos. É um vinho que se consome relativamente jovem, despretensioso, macio, fresco, com fruto vermelho muito subtil. Tem o selo de qualidade da Envinate, e certamente não é consensual, um vinho fora que está fora do mainstream. Vão existir os que adoram e os que detestam, o que é certo é que são vinhos únicos e distintos, excelente expressão do microclima atlântico em altitude das Ilhas Canárias. Eu cá gosto bastante de virar uma garrafa de Benje sem pensar muito.
Castas: Listán Negro
Região: DO Ycoden-Daute-Isora, Tenerife, Ilhas Canárias
Teor Alcoólico: 12% Vol
PVP: +/- 17,50€

