Niepoort Quinta de Baixo Poeirinho Baga 2015
11,5% volume de álcool, algo inimaginável para muitos num vinho tinto, ainda mais quando apresenta carisma, estrutura, rusticidade, aliado a uma elegância e subtileza que o permite ser apreciado na plenitude dos seus 75 cl., uma garrafa inteira, não num mero copo. A baga clássica é genuína, única, precisa de muitas primaveras para aprimorar, altos e baixos no perfil evolutivo, que permitem aos apaixonados verdadeiros prazeres de degustação aos 10, 20, 30 anos de garrafa. Mas porque não poderão existir bagas de perfil mais bebível a curto prazo? Vinhos para serem bebidos mais jovens, mas que reflictam a casta e terroir? Temos em França grandiosos vinhos que exemplificam o que acabo de dizer. Temos os rijos e opulentos tintos do Rhône que precisam de hibernação, mas também os maravilhosos vinhos de uva Gamay de Beaujolais, e não me refiro aos Beaujolais Nouveau, a água-pé lá da zona, mas sim a vinhos de referência da sub-região de Morgon ou Fleurie. A Quinta de Baixo, num passado recente, passou para as mãos de Dirk Niepoort, o mesmo procurou exprimir a sua visão de vinhos bairradinos, uma visão que rompe com o convencional, e que como em tudo na vida cria resistências e atritos. Contudo, se existirem princípios e fundamentos qualitativos e racionais na aposta, o resultado é vitorioso. Nariz já afinado, muito vinoso e terroso, sensação de lagar que liga bem com a fruta madura. A boca revela tanino já bem fino, muito preciso, com grande acidez e frescura, final de boca profundamente mineral...calcário rocks!!! O estágio em barricas e tonéis usados que Dirk implementa nos seus vinhos, tirando algumas excepções no Douro, direccionam-se ao meu gosto pessoal, barrica para afinar e realçar a uva e terroir, não para dominar o conjunto. Só para concluir senhores, os novos vinhos da Quinta de Baixo são simplesmente brutais e uma referência na região.
Castas: Baga
Região: Bairrada
Teor Alcoólico: 11,5% Vol
PVP: +/- 26€
