Nelson Moleiro
António Madeira A Liberdade 2019
Atualizado: 30 de jun. de 2022

Os vinhos do António Madeira são vinhos que obrigatoriamente adquiro para ir bebendo e também para reforçar a minha garrafeira. E nesse sentido, entre tintos e brancos, existem referências com perfil de guarda e outras de consumo regular mais ou menos imediato. Nos brancos, A Liberdade é dos vinhos que mais me identifico, este ano já é a segunda garrafa que abro da colheita de 2019.
António Madeira A Liberdade 2019, noto um vinho mais maduro, com mais prontidão no consumo, menos carácter “natural” a que contribui a meu ver uma maior maturação da fruta presente. Excelente volume de boca, com fruta branca de caroço bem presente, suportado numa segunda linha por uma sensação salina de final de boca, que lhe confere alguma longevidade. O terroir, no sopé da Serra da Estrela é bem espelhado, e que consegue incutir a frescura e acidez necessárias ao vinho, um vinho que na minha opinião deverá ser consumido num futuro próximo, 2 a 3 anos máximo aprontaria eu. Talvez possa dizer que esperava algo mais diferente e distinto, comparando-o perante o último que bebi, a colheita de 2017, num estilo mais redutivo, com mais tensão e nervo mas mantendo elegância, à semelhança de alguns exemplares de produtores de Chenin Blanc no Loire.
70% do lote oriundo de uma vinha relativamente nova com castas como Cerceal, Encruzado e Bical e 30% proveniente de vinha velha, com estágio em inox por cerca de 8 meses. Não existe adição de sulfuroso, somente uma quantidade mínima do engarrafamento, nem produtos enológicos.
Castas: 70% de uma vinha com cerca de 25 anos (Cerceal, Encruzado e Bical) e 30% de vinha velha.
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13,5% Vol
PVP: +/- 22€
