Chansélus Castes Brancas 2016
"The King is dead, long live the King". Lembrei-me desta expressão, famosa na ascensão de novos monarcas no tempo da Idade Média, que aplicada ao contexto pessoal de prova e escolhas vínicas, transmite que no reinado da Galiza, as Rías Baixas não morreram, serão sempre a minha espinha dorsal, o que não significa que não goste de ir buscar alguma experiência de prova a outras sub-regiões menos óbvias, como é o caso da D.O de Ribeiro.
Solo e exposição solar, “chans” e “lus”, daqui advém o nome deste vinho de Bernardo Estévez na D.O. Ribeiro na Galiza. O solo e exposição solar a que as uvas são sujeitas, são premissas e alicerces nos vinhos que produz, e constituíram inspiração particular na formulação deste vinho, que sendo um dos seus melhores vinhos, procura repercutir a ideologia de agricultura sustentável e biodinâmica.
Chansélus Castes Brancas 2016, blend com castas autóctones, Lado, Treixadura, Albillo, Godello entre outras, um vinho que inicialmente até se evidencia expressivo no nariz, com vegetal, mineralidade e complexidade, mas que antagonicamente veste indumentária de elegância. Volume de boca, rico, profundo e amplo, com alguma gordura e cremosidade, diferentes patamares a lembrar particularidades de alguns Chardonnay de regiões secundárias na Borgonha, muito fino, com bom balanço de fruta envolta em outras valências enriquecedoras. Não é vinho colado à fruta primária, é vinho que mostra leveza e pureza, mas por outro lado uma complexidade enérgica em boca, com atributos únicos e distintos, muito mais complexo e completo do que esperava, estruturado em boca. Não tem a acidez dilacerante de muitas referências das Rías Baixas, mas ganha em matéria de boca, afinação, volume e evolução.
Castas: Lado, Treixadura, Albillo, Godello entre outras
Região: Ribeiro, Galiza
Teor Alcoólico: 13,5% Vol
PVP: +/- 25€
