Desnível Reserva Branco 2017
Venho assumir mea culpa. Não tenho bebido muitos vinhos durienses, mas acompanho alguns projectos de pequenos produtores de perto e com atenção. É o caso particular do jovem produtor João Lopes Pinto, inicialmente no projecto familiar Quinta da Covada e mais recentemente numa vertente de autoria pessoal, a marca Desnível. Provei este vinho quase em primeur em Maio de 2018 no restaurante Mosteiro do Leitão, posteriormente em Maio de 2019 em casa, que me despertou interesse e grande curiosidade na sua evolução futura em garrafa. É então que volto a ele, novamente com um anos extra de estágio de garrafa.
O aroma vegetal continua a predominar com boa integração nas notas de fruta branca madura. Em boca boa estrutura de boca conferida pelo Alvarinho. Sei que estou presente perante um vinho de uma zona mais quente, mais estruturado, com mais volume de boca, mas tem presente boa frescura, boa acidez e final de boca longo e crepitante. A barrica integrou na perfeição, não tem qualquer sobreposição, executa o seu propósito, arredondar e conferir equilíbrio ao vinho, amplitude e cremosidade. Fico satisfeito de não ter que falar na barrica quando bebo o vinho nesta fase, acaba por confirmar os meus pressupostos e feeling quando o voltei a provar o ano passado. Um vinho branco duriense de lote que rompe com o convencional, 50% de uva Alvarinho e os restantes 50% de Viosinho e Arinto, e que se apresenta um verdadeiro crowd pleaser, bom par à mesa e que certamente agradará a um público heterogéneo, desde simples consumidores a enochatos. E é isso que se procura na generalidade, um vinho consensual à mesa, que proporcione momentos de convívio, algo a que nestes tempos de confinamento passámos a dar muito mais valor.
Fermentação e estágio de 8 meses em barricas de carvalho francês de 300 litros.
Castas: Alvarinho (50%) e Viosinho e Arinto (restantes 50%)
Região: Douro
Teor Alcoólico: 14,5% Vol
PVP: +/- 15€
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