L’ Anglore Tavel Vintage 2017
Eric Pfifferling pegou em definitivo nas rédias do Domaine L' Anglore na produção de vinhos próprios na região de Tavel, vila no Sul de França, do lado Oeste do Rio Rhône. É um dos nomes emergentes no mercado e montra dos vinhos naturais e de intervenção minimalista, tanto na vinha como na adega. A região demarcada de Tavel só autoriza vinhos rosé, pelo que alguns vinhos de Pfifferling chegaram a ser engarrafados no passado como "Vin de France", tal a confusão. No que reporta a este pequeno detalhe não nos esqueçamos do que o produtor diz acerca dos seus vinhos.
"We are not making rosé. It is actually more like a clear red wine. But the rosé that people drink now is not wine. So maybe we need to change the whole definition of rosé. The concept has become very twisted."
O único L' Anglore que tinha bebido até hoje era o Tavel 2018, o qual gostei bastante pela unicidade e diferença qualitativa, algo bem distinto do que tinha provado até à data. Este L’ Anglore Tavel Vintage 2017, a meu ver, escala uns patamares acima e agradou-me imenso o passou pelo meu copo. Com uma cor aberta com laivos de âmbar, incute a sensação e um impacto em prova em que a pureza da fruta é dominante, sem artefactos e máscaras, elegância e expressão genuína do fruto. Ligeira doçura no ataque de boca, com pouca extracção, evitando qualquer concentração mastigável, mas onde há fluxo de matéria em boca, fruto negro com nuance terrosa e ligeira especiaria, tanino polido, bastante guloso, a oferecer boa longevidade e profundidade de boca. Falamos de uma região que até é propícia a vinhos com algum teor alcoólico, por isso a abordagem é bastante inteligente. Um tinto/rosé (como preferirem considerar) de recorte ligeiro com todas as valências que um bom vinho de uvas tintas deve ter, um privilégio para quem se predispõe a conhecer além do óbvio, único, e não meramente reproduzido.
Castas: Grenache, Cinsault, Clairette, Carignan e Mourvèdre
Região: Tavel, França
Teor Alcoólico: 13,5% Vol
PVP: +/- 35€ (60€ especulado)
