Nelson Moleiro
Rufia Tinto 2016

Nariz muito mineral e fechado, bagas silvestres e cheiro a lagar. Boca com muito tanino fino e bastante acidez, muito vegetal e com pouca fruta, ligeiramente rijo e duro ainda para os mais sensíveis, com álcool muito moderado (11% volume de álcool) e ligeira adstringência, final de boca fluido e elegante. Precisa de uma década em cima, como muitos Borgonhas ou vinhos do Vale do Rhône.
Rufia Tinto 2016, estamos perante um vinho tinto do Dão elaborado com uvas das castas Jaen (Mencía), Rufete e Touriga Nacional, de cor muito aberta e com bastante rusticidade, difícil em novo, necessita de tempo, mas reflecte a elegância do Dão mais arcaico e do passado. Com vinhos como este surge-nos sempre a perspectiva potencial da guarda de vinhos, difícil de explicar e consumar nos hábitos dos consumidores em Portugal. Viticultura biológica e princípio de intervenção mínima da adega a procurar reflectir plena e efectivamente o micro-terroir da Quinta da Boavista, com solos bastante minerais que aportam frescura e secura aos seus vinhos.
Os vinhos de João Tavares de Pina são únicos e inimitáveis em território nacional, quem os conhece percebe bem que não há nada igual, um estilo próprio, segue uma ideologia própria sem enviesamentos comerciais e de modas. Quem compra Tavares de Pina compra algo distinto de tudo o resto, e compra para a garrafeira.
Castas: Jaen, Rufete e Touriga Nacional
Teor Alcoólico: 11% Vol
Região: Dão
PVP: +/- 12€
