Nelson Moleiro
Vidonia 2018

Vinhos de terroir vulcânico surgem por aqui imensas vezes, um estilo que fui ganhando apreço à medida que aprofundei o meu conhecimento e experiência vínica. Falar da diferenciação e singularidade dos vinhos Canários já é algo repetitivo para mim, sou ávido consumidor de vinhos das Canárias, Bodegas Suertes del Marqués e Envínate. O Vidonia, é dos vinhos brancos que mais atenção me desperta, a minha escolha pessoal nos brancos. Tenho bebido a referência desde a colheita de 2015, quando o conheci, o 2017 está no topo das minhas preferências, houve um incremento qualitativo notório com a colheita de 2016, vinhos muito mais equilibrados e contidos na expressão vulcânica, maior elegância, afinação e finesse, sempre mantendo a acidez e salinidade insulares.
Desta vez provo a colheita de 2018, a mais recente no mercado, num momento de prova que acho apropriado, já com algum estágio em garrafa a permitir integração total. O Vidonia 2018 segue muito o que se fez com o 2017, talvez note menos profundidade em boca, mas isto é tentar encontrar alguma distinção que separe duas colheitas que coloco na mesma linha de prova. Tem boa estrutura, salino e mineral, com expressão de frutos citrinos bem alinhados com os aromas de pedra vulcânica e pólvora, boca com largura e amplitude, densa, mas com frescura imensa. Para quem aprecia o estilo vulcânico, este vinho é obrigatório na garrafeira.
Elaborado a partir de uma casta branca nativa, Listán Blanco, vinhas centenárias plantadas em solos pobres de origem vulcânica e de baixíssimo rendimento. Na vinificação procede-se à fermentação espontânea em barricas de carvalho francês de 500 litros, com posterior estágio de cerca de 11 meses.
Castas: Listán Blanco
Região: Ilhas Canárias, Tenerife
Teor Alcoólico: 12,5% Vol
PVP: +/- 26€
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